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A ESTIMULAÇÃO ESSENCIAL É MUITO IMPORTANTE!!

A Estimulação Essencial, atende crianças de 0 a 3 anos e 11 meses, que apresentam atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, síndromes, paralisia cerebral e casos de alto risco (prematuridade, baixo peso, desnutrição, apgar 
baixo, negligência de cuidados pela família, falta de estimulação, vulnerabilidade social, econômica e cultural e filhos de pais com deficiência intelectual).
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   O atendimento neste programa tem como objetivo o desenvolvimento integral dos aspectos físicos, psicológicos, sociais e culturais priorizando a construção harmônica do desenvolvimento da primeira infância. Nesta fase a metodologia utilizada deve ser por meio da repetição de diferentes exercícios sensoriais, ampliando os aspectos emocionais proporcionando as crianças sensação de segurança e prazer, estimulando às habilidades cognitivas através do lúdico para facilitar a aprendizagem, explorando o desenvolvimento de atividades pertinentes ao exercício da curiosidade e da imaginação.
   No referido programa são trabalhadas as áreas: cognitiva, motora, linguagem, sócio-emocional e auto cuidados estimulando os movimentos voluntários, mudanças de posição e postura, coordenação motora fina e global, apropriação da imagem corporal, esquema corporal, linguagem expressiva e compreensiva, movimentos orofaciais, noção espaço-temporal, percepções tátil, auditiva, visual, gustativa e olfativa favorecendo o desenvolvimento desses aspectos e propiciando a socialização e interação global de forma lúdica respeitando o nível de desenvolvimento e a idade de cada criança.
   Quanto às atividades de vida diária priorizam-se o controle esfincteriano, higiene bucal e corporal, cuidados essenciais e semi-independência.
  Os atendimentos são realizados de forma individual ou em grupo. Na organização didático-pedagógica os procedimentos de intervenção são orientados pela equipe multiprofissional de acordo com as individualidades e necessidades de cada criança. A família é parte integrante deste programa e recebe orientações para dar continuidade aos procedimentos de intervenção em seus lares.
   A avaliação é realizada pela equipe multiprofissional, na qual o histórico da criança e da família é analisado nos diversos setores técnicos da escola através de uma triagem e estudo do desenvolvimento global do sujeito em questão.
   Após o término da avaliação é realizada uma discussão com os profissionais que avaliaram para estudo de caso e, em seguida, faz-se uma devolutiva aos pais ou escola propondo medidas interventivas dentro de uma hipótese diagnóstica, com o objetivo de oferecer condições e possibilidades para que a criança adquira um desenvolvimento neuropsicomotor conforme os padrões de normalidade.

   As crianças que atingirem os objetivos do programa de estimulação receberão alta da Escola Especial e serão encaminhadas para a rede comum de ensino.


QUANTO ANTES HOUVER A DESCONFIANÇA DE QUE O DESENVOLVIMENTO DE SEU FILHO NÃO ESTÁ DE ACORDO COM A IDADE, PROCURE PROFISSIONAIS HABILITADOS PARA UMA AVALIAÇÃO. AS APAES NORMALMENTE OFERECEM ESTE SERVIÇO, QUE PODERÁ FAZER A DIFERENÇA NO FUTURO DESSAS CRIANÇAS. O PRECONCEITO É INIMIGO DA AÇÃO!!! 

(Texto muito bem elaborado da APAE de Ivaiporã/PR). E o que é legal, deve ser compartilhado!!!

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Muita gente ainda não sabe, mas um dos públicos alvo das APAEs são as pessoas com deficiênca intelectual moderada à profunda, ou seja, deficientes intelectuais de grau "leve" não são elegíveis para frequentar a escola especial uma vez que tem plenas condições de viver bem em sociedade, sendo capazes de aprender e executar bem suas habilidades adaptativas. Abaixo um resumo desta definição:












O QUE É DEFICIÊNCIA INTELECTUAL:

Funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.
Os indivíduos portadores de deficiência mental não são afetados da mesma forma, assim, dependendo do grau de comprometimento. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em 1976, essas pessoas eram classificadas como portadoras de deficiência mental leve, moderada, severa e profunda.

Contudo, atualmente, tende-se a não enquadrar previamente a pessoa com deficiência mental em uma categoria baseada em generalizações de comportamentos esperados para a faixa etária.

O nível de desenvolvimento a ser alcançado pelo indivíduo irá depender não só do grau de comprometimento da deficiência mental, mas também da sua história de vida, particularmente, do apoio familiar e das oportunidades vivificadas.

CAUSAS E FATORES DE RISCO:
São inúmeras as causas e os fatores de risco que podem levar à instalação da deficiência mental.
É importante ressaltar entretanto, que muitas vezes, mesmo utilizando sofisticados recursos diagnósticos, não se chega a definir com clareza a etiologia (causa) da deficiência mental.

A) Fatores de Risco e Causas Pré Natais: são aqueles que vão incidir desde a concepção até o início do trabalho de parto, e podem ser:
  • Desnutrição materna.
  • Má assistência à gestante.
  • Doenças infecciosas: sífilis, rubéola, toxoplasmose, ( medicamentos teratogênicos ), poluição ambiental, tabagismo.
  • Genéticos: alterações cromossômicas ( numéricas ou estruturais ), ex: Síndrome de Down, Síndrome de Matin Bell, alterações gênicas, ex: erros inatos do metabolismo (fenilcetonúria), Síndrome de Williams, esclerose tuberosa, etc.

B) Fatores de Risco e Causas Periantos: os que vão incidir do início do trabalho de parto até o 30° dia de vida do bebê, e podem ser divididos em:

  • Má assistência ao parto e traumas de parto.
  • Hipóxia ou anóxia ( oxigenação cerebral insuficiente ).
  • Prematuridade e baixo peso 9 PIG - Pequeno para idade Gestacional ).
  • Icterícia grave do recém nascido - Kernicterus ( incompatibilidade RH/ABO ).
 C) Fatores de Risco e Causas Pós Natais: os que vão incidir do 30° dia de vida
até o final da adolescência e podem ser:
  • Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global.
  • Infecções: meningoencefalites, sarampo, etc.
  • Intoxicações exógenas ( envenenamento ): remédios, inseticidas, produtos químicos ( chumbo, mercúrio, etc ).
  • Acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas, etc.
  • Infestações: neurocisticircose ( larva da Taenia Solium ).

 IDENTIFICAÇÃO:
  • Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor ( a criança demora para firmar a cabeça, sentar, andar, falar ).
  • Dificuldade no aprendizado ( dificuldade de compreensão de normas e ordens, dificuldade no aprendizado escolar ).
  • É preciso que haja vários sinais para que se suspeite de deficiência mental. Um único aspecto não pode ser considerado como indicativo de qualquer deficiência.

DIAGNÓSTICO:
Sempre que possível o diagnóstico da deficiência mental deve ser feito por uma equipe multiprofissional, composta pelo menos de um assistente social, um médico e um psicólogo. Tais profissionais atuando em equipe, tem condições de avaliar o indivíduo em sua totalidade, ou seja, o assistente social através do estudo e diagnóstico familiar ( dinâmica de relações, situação do deficiente na família, aspectos de aceitação ou não das dificuldades da pessoa, etc ).

Analisará os aspectos sócio culturais; o médico através da anamnese acurada e exame físico ( recorrendo a avaliações laboratoriais ou de outras especialidades, sempre que necessário ) analisará os aspectos biológicos e finalmente o psicológicos e nível de deficiência mental.


Posteriormente, em reunião, todos os aspectos devem ser discutido em conjunto pelos profissionais que atenderem o caso, para as conclusões finais e diagnóstico global, bem como para a definição das condutas a serem tomadas e encaminhamentos necessários, sendo então a família chamada para as orientações devolutivas e encaminhamentos adequados.

Acreditamos que com essa sistemática de trabalho em equipe, é bem mais fácil a orientação da família que, após entender as potencialidades do filho e suas necessidades poderá participar e cooperar nos tratamentos propostos. A participação familiar é fundamental no processo de atendimento à pessoa com deficiência mental.

O diagnóstico de deficiência mental é muitas vezes difícil. Numerosos fatores emocionais, alterações de certas atividades nervosas superiores, como retardo específico de linguagem ou dislexia, psicoses ou baixo nível sócio econômico ou cultural podem estar na base da impossibilidade do ajustamento social adaptativo adequado, sem que haja necessariamente deficiência mental. Estes fatores devem ser levados em conta e portanto adequadamente diagnosticados quando uma criança suspeita de ter uma deficiência mental é submetida à avaliação de sua capacidade intelectual permitindo a avaliação das possibilidades de inserção social da criança e orientando a abordagem terapêutica e educacional.

PROGNÓSTICO:
Todo o investimento em programas de estimulação precoce, pedagogia e ocupacionais(profissionalizantes ou não) visa sempre o pleno desenvolvimento do potencial apresentado pelo indivíduo e a inserção social do mesmo a sua comunidade. Quanto maior for a integração social da pessoa tanto maiores serão as suas oportunidades de aceitação e inclusão na sociedade.

A deficiência mental não é uma doença. Pode ser conseqüência
de alguma doença, por isso não utilize palavras pejorativas.
Quando necessário, busque mais informações junto a
associações ou entidades especializadas.